A minha homenagem num poema de Marilda Luccas Sampronha
UM HOMEM, UM ANJO
Em Monte Alegre morava um senhor espetacular,
Dedicado ao extremo, trabalhava na farmácia,
Atendia a quem a ele recorria, não era médico, mas de tudo
entendia,
Desde aferir pressão,curar dores, até aplicar injeção o
fazia com eficácia.
Um homem calado, serenidade no olhar,
Acalmava a qualquer doente, com ele não tinha demora,
Não importava quem fosse o paciente,
Sua atenção era a mesma, sempre pronto a qualquer hora.
Firme ao aplicar a injeção, cuidado ao vender o remédio,
Voz baixa, muita discrição, era simples no falar.
Lembro-me de sua postura, homem ponderado e educado,
Medicava sem temer e nunca se ouviu dizer, ter dado remédio
errado.
Que fortaleza, que homem forte ele foi,
De dia trabalhava tanto, à noite não tinha descanso,
Pegava o seu cinza jipinho, saía então sozinho, acudir quem
o chamava,
Não lhe havia distância, Santa Rita, Taquaral, Recanto ou
Macabá, o
anjo visitava.
Quantas dores, aflições e sofrimentos este homem amenizou,
Não se sabe quantas famílias visitou,
Mas o que ficou marcado, foi o sublime legado
Missão que Deus lhe deu e ele abnegado aceitou.
Tratar, curar, melhorar, verbos por ele conjugados,
Como não poderia ser lembrado?
Era um homem que em anjo se transformava,
Com sua bondade ele fazia asas, com seu amor, ele voava,
voava...
Andyara Trench em algum bom lugar deve estar
Tomara que seja pertinho de alguém que precisa sarar,
Ou então que esteja inventando um remédio de verdade,
Pra curar uma doença que se chama saudade.
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